BOCA DO LIXO

A cidade de negro-nanquim, escarnecida em sua penumbra abismática, contorce a arquitetura dos prédios sob um céu de cimento, denso e opaco como o concreto, onde os lábios eróticos de uma figura surge como um delírio. Desenho feito sobre um xerox em papel, os lábios foram retirados de uma fotografia de uma escultura de um santo católico da cidade de Diamantina – profanado na imagem em questão. Compactado em uma secura preto&branco, as pulsações dessa imagem nos remete à boca do mundo; ou à boca do lixo. Aquilo que há de mais mundano nas metrópoles.

Lucas Eros

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