A primeira obra da coleção “Charutim pur Will Zé Droguinha”, que ja está rolando por aí, se chama “Afro futurismo moderno”. Eis a descrição do autor:

“Afro futurismo moderno: O primeiro quase o tem na sua figura uma pessoa que representa os negros de um movimento cultura do chamado afro futurismo, mesclado com um fundo abstrato, contrastando com uma foto baseada em uma artista performer de BH chamada Mary astrus e um rosto abstrato, mostrando a confusão humana e sua diversidade de idéias.”

Escolhemos essa obra para apresentar o trampo do Will porque, na humilde opinião desse sujeito que vós escreve, retrata bem a “pegada” do artista (de novo, confiram o trampo em https://www.instagram.com/willzedroguinha/), com muita crítica social, ódio às instituições, correria e fortes elementos urbanos e afros.

Caso alguém queira dar uma de bonitone no buteco, pode mostrar as artes do cara no maço de Charutim e falar que tem algo “meio neo-expressionista assim, algo de Basquiat”, enquanto da aquela longa e saborosa tragada.

Outro conceito interessante pra sacar as obras é o “afro futurismo”, um movimento cultural que propõe essa junção entre ancestralidade africana com elementos futuristas “hi-tech” (como dizem os jovens hoje em dia). Nessa obra, especificamente, essa referência fica muito clara na contraposição entre a figura em último plano, que lembra um sacerdote e a moderna figura com máscara de gás, que nos (me) remete tanto ao trampo do artista de rua, quanto a idéia de treta no meio urbano, com bombas de gás e essa porra toda. É como se esse religioso trouxesse a força ancestral pra fortalecer nas tretas e nos corres atuais.

Por Fera

Ps: Lembrando que toda essa viagem é minha (Fera), então, se tiver falado merda, que venha me pagar uma cerveja e falar isso na minha cara!

Pra sacar melhor as referências:

Afro futurismo: http://www.geledes.org.br/dossie-afrofuturismo-saiba-mais…/…

Basquiat: http://basquiat.com/